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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Leave out all the rest

Quando estou triste, muito triste, eu gosto de fazer uma coisa: escrever. Sempre fui assim, desde criança. Desde quando não tinha (e não podia ter) ninguém pra desabafar, e aturava comentários ao meu respeito, sempre era essa a minha reação: chorar e escrever. Escrever porque além de achar que ninguém entenderia, também achava que era só uma justificativa patética pra fugir, pra não precisar enfrentar a situação. É MAIS FÁCIL chorar e depois redigir uma meia dúzia de palavras reclamando da vida, do que erguer a cabeça e superar os problemas.
Aí eu fui fã. Eu sempre tive essa característica... vavá, klb, harry potter... não importa qual seja o vício, mas deles eu entendo. As vezes alguns deles são meu refúgio, talvez pra me envolver com algo dentro de mim apenas. Porque dentro de mim não há como ninguém atacar (mais). É algo meu, que ninguém tira, ninguém machuca, que eu protejo. O mundo é cruel, é assustador demais, a realidade sempre me intimidou.
Homens? Eles são misteriosos demais pra mim. Por mais que eu quisesse ser uma garota normal, com um namorado, que pudesse apresentar a família e tudo mais, eu não conseguiria. Onde está o tal amor? Ele existe de verdade? Não é ficção e bobagens de filmes? Não foi o que eu vi...
Dizem que nós somos as nossas experiências. Nós formamos conceitos das pessoas e da vida a partir de coisas que acontecem conosco. A minha não é exemplo pra ninguém.
Alguém que justifica com traumas babacas de infância os atos de adulta? alguém que acha que medo e desestimulo pode servir como desculpa pra não ir atrás das coisas?
Minha mente entende que não é assim que funciona! Minha mente sabe que no fundo, qualquer pessoa que ler isso vai dizer "pára de se fazer de vítima, menina! eu não tenho dó de vc! levanta a bunda do computador e vai viver, GET A LIFE!". É o que eu diria pra alguém que me dissesse coisas assim! irônico não?
A verdade é que dói saber que vc não é nada. Dói saber que as pessoas que vc mais espera, são aquelas que mais te conhecem e que te dizem "não tenho o mínimo respeito por vc. Suas palavras não funcionam comigo".
A gente sabe, mas tem coisas que a gente não precisa ouvir pra comprovar. A verdade dói mesmo. Pensar nela é pior ainda. Porque você pode fugir dos outros, vc pode enganar TODAS as pessoas, mas como enganar a si mesmo? Como fugir de si mesmo? Como lutar contra as verdades que insistem em passar em sua mente a todo minuto? Como fazer sua cabeça parar de doer com todos esses pensamentos? Como impedir as lágrimas de descer?
Como viver, quando o maior desafio que vc tem que enfrentar é a si mesmo?

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