Esses dias estive viajando, estava em um lugarzinho bem frio lá no sul do Brasil, em Passo Fundo (RS). Sabe aqueles lugares pequenos, mas nem tanto, cheio de árvores e mata, com pessoas simpáticas e educadas, e com aquele frio que vc precisa necessariamente usar uma blusa de lã e um casaco para sair? Então, exatamente assim.
A intenção deste blog não é fazer um diário, portanto não entrarei em detalhes das coisas que estive fazendo por lá e que já me deixam com saudade, mas gostaria de tratar de um assunto que tive a oportunidade de ver lá e que tanto me chama a atenção: serial killers.
Sim, aquelas pessoas medonhas cujas atitudes perversas e contínuas as fazem ficar lembradas por muitos, tanto por sua geniosidade como pela frieza que continha ao praticar os crimes. O que me fascina, na verdade, não são os atos dos assassinos em série, mas os motivos pelos quais os levaram a fazê-los. O que se passa pela mente de um ser humano completamente sem emoção e sentimentos por qualquer outro semelhante naquele momento? A indiferença comum a todos eles é o que revolta, na maior parte das vezes.
Confesso que tenho um imenso desejo de estudá-los mais profundamente.
O que presenciei, de fato, foi o julgamento do homicida Adriano da Silva, no Forum de Passo Fundo, dia 11/05/07. Adriano estava sendo julgado naquele dia especificamente pela morte de uma de suas vítimas, Leonardo, uma das 12 crianças mortas por ele.
Ao ouvir a forma com que detalhava cada morte, estive pensando muito na questão da pena de morte. O que, deixando a hipocrisia de lado, alguém de bom coração desejaria para uma pessoa que é capaz de rir ao receber a notícia de que seria condenado a 21 anos de prisão pela morte de uma criança? Qual seria realmente a pena que você acha necessaria para alguém como Adriano, que além de contar que fazia sexo com as vítimas se não estivesse satisfeito com sua morte, ainda relatava tudo sem nenhum arrependimento do que fez? Se você fosse parente dessas crianças, o que estaria sentindo agora?
Aí entra uma questão interessante que refleti essas últimas semanas assistindo um anime chamado "Death Note". A história se trata de um jovem estudante, que farto do mundo podre em que vive e da humanidade mesquinha a sua volta, encontra um caderno em seu caminho que diz que a pessoa que tiver o nome escrito nele morrerá. Assim, o estudante conhecido como Raito Yagami, resolve testá-lo e descobre que o caderno funciona. Cobiçado pela idéia de transformar o mundo em um lugar habitado somente por pessoas boas, sem guerras ou criminosos, ele resolve ser a nova justiça do planeta, matando não somente os assassinos, como todos os que o impedirem de chegar a seu ideal.
É neste momento que aparece o detetive "L", o qual se une às forças da polícia japonesa para tentar descobrir quem está por trás das mortes que vêem ocorrendo deste então.
E sinceramente, lendo ou assistindo os jornais diariamente e parando para analisar em como está o mundo ao nosso redor, eu fico me perguntando qual e quem é a verdadeira justiça. Será que o jeito Raito de ver o mundo é tão ruim assim? Será que a intenção dele não seria a intenção de todos?
O que é justiça? fica a pergunta no ar..
0 comentários:
Postar um comentário